- não pára...putz...não pára...olha pra mim...olha pra mim...(suores despudorados)...aperta...mais forte...não pára!!!!olha pra mim...me beija...(mais sussuros que não podem ser escritos pois não foram entendíveis...mais suores e fluídos corporais de ordem espessa repousam por sobre a cama...tudo é quente...mas nada é ruim)...enfia desse jeito...não pára...( "no one knows" do queen of the stone age ditando o que é ir e o que é vir no meio dos quase gozos molhados e inchados)...mais gemidos inaudíveis, sussuros manhosos ao pé do ouvido dele...
Era uma dia de lei seca.Dia de eleição.Mas não havia nada de seco naquela cama. Pernas. Entre pernas. Boceta ou pau. Tudo era desmedidamente enxurrado de sexo. Era amor o que eles sentiam , sim...que não haja dúvidas em relação a isso. Mas naquela hora eles estavam trepando. Já se faziam 15 minutos que ele a penetrava. E ela com toda sua vergonha aberta só tinha a sorte e felicidade de pedir mais sempre segurando a nuca do parceiro, companheiro, amante , amor...como queiram julgar. E ele com toda sua vergonha enfiada não tinha mais o que fazer senão continuar a penetrá-la, apesar das dores abdominais que ele sentiu por volta dos 5 minutos o que o obrigou rapidamente a diminuir o andamento ritmico das penetrações, mas parar de fodê-la? Nunca. Ela estava gostando de olhá-la. Esguia. Longilínea. Olhava pra seu rosto. Olhava pro pau entrando e saindo. E quando o olhar dele se desviava para o ato de penetrá-la em si ela não se fazia de rogada e seguia a retina para o foco de atenção dele também e vislumbrava aquilo com um carinho absurdo. Talvez o olhar mais tenro sobre um encaixe de genitálias que poderia ser presenciado por alguém. Mas o alguém era ele. E um era só do outro.
Ela agora estava de quatro. Eram os 17 minutos de penetração. Obviamente o cansaço contava a essa altura. Mas era terminantemente compensável quando ela torcia a cabeça pra poder olhar pra ele ao longo de suas costas lindas e largas, e com um zelo cerimonial pedia: - me fode!
A música mudou. "You were the last high", dandy warhols. Era esse som que vaporizava todo o quarto agora.
Boceta.Molho.Som.Dandy.Fode.Empurra.-goza agora que eu vou gozar também. Ele solta todo aquele líquido quente dentro dela de um modo que só ela sentiria como. Ela o seguraria ainda bem apertado no meio das pernas por algum tempo. Os dois se abraçaram por um bom tempo ainda em meio aquele caldo suado que deslizava entre os dois. Era amor, sim...que não haja dúvidas em relação a isso. Mas naquela noite eles tinham trepado. Fodido de um jeito que eles nunca esqueceriam. E que mesmo sem saber eles repetiriam aquilo quantas vezes fosse possível sem o mínimo pudor ou senso de hora , local, posição...e repetiriam por muitos anos ainda. Mesmo eles não sabendo.
Ele vira pro lado. Uma falta de força toma descomunalmente quase todos senão todos os músculos do seu corpo. Quase que adormecido ele sente uma desesperada vontade de sussurar o suficiente apenas para ela ouvir , toda feliz e jogada do outro lado da cama: - não sei o que pensa...o que vai fazer...mas quero ser teu homem...você é confortável a meu corpo e a minha cabeça...quero ser teu homem...eu que te peço...me aceita...
ela estende o braço bem devagar , apenas para poder toca-lo nas costas muito delicadamente...
- desde sempre...desde sempre , meu homem!
Dalila teria 4 filhos. Três meninos e uma menina. Pedro , João, Francisco e Dalila. Seria ótima mãe. Doni seria um pai como todo pai tem que ser: suficientemente amabilíssimo. Ela nunca mais repetiria os devaneios dessa noite. Eles brigariam várias vezes. Ele sentiria ciúmes dela por várias vezes. Ela desconfiaria dele por muitos e muitos motivos. Os dois pensariam em desistir em algumas esquinas. Mas eles não fariam isso. De forma alguma. Era amor o que eles sentiam, sim...que ninguem duvide disso, mas isso não cabe mais ser contado nessa estória. Nossa parte na vida de Dalila se encerra aqui.
rigoberto lima...com uma coisa boa dentro de si...invadido pela visita do alfaiate orgânico da felicidade natural...mas ainda contista de quinta.
* para ouvir lendo essa crônica:
- no one knows, do queen of the stone age
- you were the last high, do the dandy warhols
sábado, setembro 30, 2006
dama do lotação - parte final
Postado por rigoberto.lima às 4:26 PM |
quinta-feira, setembro 21, 2006
ponteirinho de relógio
aquele dia em que você sorriu
aquele dia em que o sol nasceu
ponteirinho de relógio
com horinha atrasada
é a tua cabecinha]
toda despenteada
é o teu coraçãozinho
que não pára de bater
que não pára de bater
em mim
assim era pra ser
joguei os búzios , as cartas
mas era fácil de prever
rigoberto lima......nas horas vagas...feliz o suficiente pra lhe sorrir sincero
Postado por rigoberto.lima às 3:05 PM |
terça-feira, setembro 05, 2006
magnética
Acendeu-se tudo enfim
Dessa tua luz de entardecer sem fim
só não vê quem não quer
pois brilha demais essa luz
que vai ninando minha fé
tuas vidas...teus sapatos...
teus amores...teus quereres...
teus olhares...os teus cheiros...
tuas costas... teus sabores...
são tão bons de ter
sentir , cheirar , pegar
toda esquina tem um sabor de tudo
com esse jeito teu de olhar agudo
mesmo parecendo idiota
pergunto se não dói quando bato a porta.
nunca te disse mas
cada linha me soa
patética,
hermética,
sintética,
fonética,
simétrica.
isso pq meu coração é feito de metal
mas você é toda, irreparavelmente , magnética!
rigoberto lima.........poeta de quinta , contista de quarta....e louco pra que dalila tome um final feliz pra ela!
Postado por rigoberto.lima às 10:17 AM |